DaVita Saúde

Neste espaço, você encontra informações importantes para se cuidar e manter o seu bem-estar e o de sua família, em forma de dicas preparadas pela nossa equipe médica.

Nossa intenção é compartilhar conhecimento e cuidados para a promoção da sua saúde, buscando contribuir nos seus cuidados diários e hábitos, ajudando, assim, a prevenir possíveis doenças.

Atividade Física

Mamografia reduz a mortalidade por câncer de mama

Diversas condições clínicas podem ser prevenidas com comportamentos saudáveis e seguros, especialmente as que apresentam poucas causas. No câncer de mama, que decorre de diferentes fatores de risco, como ambientais, biológicos, comportamentais, reprodutivos, hormonais e genéticos, o desafio de evitar a doença dessa forma é maior – mas não impossível.  Segundo o Instituto Brasileiro de Câncer (Inca), algumas boas escolhas que fazemos são capazes de prevenir 30% dos casos desse tumor. Entre elas, praticar atividade física regularmente, controlar o peso e manter uma alimentação saudável.  O Inca também lembra que o aleitamento materno configura um fator de proteção contra o tumor. Conforme um estudo que envolveu mulheres de 30 nacionalidades diferentes, o risco de desenvolver câncer de mama cai 4,3% a cada 12 meses de amamentação. Contudo, com exceção dos fatores de risco comportamentais, os demais aspectos que aumentam a chance de desenvolver um tumor mamário não podem ser modificados. Por isso, os especialistas utilizam a chamada estratégia de prevenção secundária, que consiste em pesquisar o câncer quando ainda não há sinais e sintomas dele (veja boxe). Para tanto, utiliza-se a mamografia, uma radiografia das mamas capaz de revelar nódulos (caroços) não palpáveis ou mínimas alterações compatíveis com um tumor em estágio inicial. Benefícios do rastreamento  O Ministério da Saúde recomenda que as mulheres realizem a mamografia entre os 50 e os 69 anos de idade, a cada dois anos, a mesma indicação da Organização Mundial de Saúde. Já o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia defendem que o exame seja feito anualmente a partir dos 40 anos. Entre um parecer e outro, evidentemente, vale o que o seu médico orientar. Diversos estudos ao redor do mundo apontam que o rastreamento mamográfico periódico reduz de forma importante a mortalidade por câncer de mama – os percentuais de redução variam de 25% a 40% – e diminui a agressividade do tratamento e seus efeitos adversos. Afinal, quanto mais cedo se detecta uma lesão maligna, menos recursos terapêuticos são necessários para combatê-la. O fato é que a mamografia não previne o tumor mamário, mas permite seu diagnóstico precoce, possibilitando que a mulher saiba que tem a doença antes mesmo de apresentar qualquer manifestação clínica e faça o tratamento antes que o tumor cresça e se espalhe. Por essa razão, o uso do método está relacionado à diminuição da taxa de mortalidade por câncer de mama. Em situações especiais, como em casos de risco de câncer hereditário ou na presença de mamas muito densas, a mamografia pode ser combinada à ressonância magnética ou à ultrassonografia para aumentar a sensibilidade do rastreamento. A associação desses métodos de imagem visa sempre ao diagnóstico do câncer em estágio inicial, quando, vale assinalar, as chances de cura ultrapassam a casa dos 90%.  Atenção a sinais e sintomas nas mamas Mesmo fazendo mamografia conforme a periodicidade determinada nas consultas anuais com o ginecologista e/ou mastologista, nos intervalos entre um rastreamento e outro, procure se certificar de que suas mamas permaneçam inalteradas desde a última avaliação, observando-as e palpando-as pelo menos uma vez por mês. Conheça seu corpo e fique atenta particularmente à presença de: - Caroço fixo e indolor, percebido pela palpação - Pele das mamas avermelhada e retraída - Mamilos alterados - Secreção nos mamilos (que sai espontaneamente) - Gânglios no pescoço ou nas axilas Esses sinais e sintomas são característicos de doenças de mama, inclusive câncer. Portanto, se encontrar algum deles, procure esclarecimentos com seu médico. 

19/10/2020
Atividade Física

Mamografia reduz a mortalidade por câncer de mama

Diversas condições clínicas podem ser prevenidas com comportamentos saudáveis e seguros, especialmente as que apresentam poucas causas. No câncer de mama, que decorre de diferentes fatores de risco, como ambientais, biológicos, comportamentais, reprodutivos, hormonais e genéticos, o desafio de evitar a doença dessa forma é maior – mas não impossível.  Segundo o Instituto Brasileiro de Câncer (Inca), algumas boas escolhas que fazemos são capazes de prevenir 30% dos casos desse tumor. Entre elas, praticar atividade física regularmente, controlar o peso e manter uma alimentação saudável.  O Inca também lembra que o aleitamento materno configura um fator de proteção contra o tumor. Conforme um estudo que envolveu mulheres de 30 nacionalidades diferentes, o risco de desenvolver câncer de mama cai 4,3% a cada 12 meses de amamentação. Contudo, com exceção dos fatores de risco comportamentais, os demais aspectos que aumentam a chance de desenvolver um tumor mamário não podem ser modificados. Por isso, os especialistas utilizam a chamada estratégia de prevenção secundária, que consiste em pesquisar o câncer quando ainda não há sinais e sintomas dele (veja boxe). Para tanto, utiliza-se a mamografia, uma radiografia das mamas capaz de revelar nódulos (caroços) não palpáveis ou mínimas alterações compatíveis com um tumor em estágio inicial. Benefícios do rastreamento  O Ministério da Saúde recomenda que as mulheres realizem a mamografia entre os 50 e os 69 anos de idade, a cada dois anos, a mesma indicação da Organização Mundial de Saúde. Já o Colégio Brasileiro de Radiologia, a Sociedade Brasileira de Mastologia e a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia defendem que o exame seja feito anualmente a partir dos 40 anos. Entre um parecer e outro, evidentemente, vale o que o seu médico orientar. Diversos estudos ao redor do mundo apontam que o rastreamento mamográfico periódico reduz de forma importante a mortalidade por câncer de mama – os percentuais de redução variam de 25% a 40% – e diminui a agressividade do tratamento e seus efeitos adversos. Afinal, quanto mais cedo se detecta uma lesão maligna, menos recursos terapêuticos são necessários para combatê-la. O fato é que a mamografia não previne o tumor mamário, mas permite seu diagnóstico precoce, possibilitando que a mulher saiba que tem a doença antes mesmo de apresentar qualquer manifestação clínica e faça o tratamento antes que o tumor cresça e se espalhe. Por essa razão, o uso do método está relacionado à diminuição da taxa de mortalidade por câncer de mama. Em situações especiais, como em casos de risco de câncer hereditário ou na presença de mamas muito densas, a mamografia pode ser combinada à ressonância magnética ou à ultrassonografia para aumentar a sensibilidade do rastreamento. A associação desses métodos de imagem visa sempre ao diagnóstico do câncer em estágio inicial, quando, vale assinalar, as chances de cura ultrapassam a casa dos 90%.  Atenção a sinais e sintomas nas mamas Mesmo fazendo mamografia conforme a periodicidade determinada nas consultas anuais com o ginecologista e/ou mastologista, nos intervalos entre um rastreamento e outro, procure se certificar de que suas mamas permaneçam inalteradas desde a última avaliação, observando-as e palpando-as pelo menos uma vez por mês. Conheça seu corpo e fique atenta particularmente à presença de: - Caroço fixo e indolor, percebido pela palpação - Pele das mamas avermelhada e retraída - Mamilos alterados - Secreção nos mamilos (que sai espontaneamente) - Gânglios no pescoço ou nas axilas Esses sinais e sintomas são característicos de doenças de mama, inclusive câncer. Portanto, se encontrar algum deles, procure esclarecimentos com seu médico. 

03/02/2020
Atividade Física

Cinco escolhas que ajudam a prevenir o câncer

Quem disse que você não pode fazer nada para escapar do câncer? De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a maioria dos casos são relacionados a fatores externos que podem ser modificados de alguma forma. Entre eles, hábitos nocivos como fumar e ingerir bebidas alcoólicas, bem como estilo de vida pouco saudável, que inclui o sedentarismo e o costume de consumir fast-food. Além disso, os problemas decorrentes da ação do próprio homem no meio ambiente também podem ser considerados um fator externo.  Apenas uma pequena parte dos casos de câncer derivam de fatores internos, como falhas no sistema imunológico que impedem o organismo de eliminar células malignas e alterações genéticas relacionadas a diversos tipos de carcinomas. Mesmo assim, com as descobertas da ciência, algumas ações já podem ser tomadas para deter esse inimigo íntimo. Por exemplo, na presença de alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam consideravelmente o risco de tumor de mama e de ovário, pode haver indicação de cirurgias para a remoção preventiva dessas estruturas. Diante disso, a DaVita Serviços Médicos selecionou cinco medidas que você pode tomar para ajudar a evitar o surgimento do câncer ao longo de sua vida. 1. Fique longe do cigarro e do consumo de bebidas alcoólicas O tabagismo está implicado em uma grande porcentagem dos casos de câncer de pulmão, segundo o Inca, bem como em tumores de bexiga, boca, faringe, estômago, fígado, colo do útero, esôfago, rim, além da leucemia mieloide aguda. Vale lembrar que as pessoas que convivem com os fumantes também podem ser afetadas por esses cânceres, dado o consumo passivo das mais de quatro mil substâncias tóxicas do cigarro, 40 delas, inclusive, cancerígenas.  Outra droga socialmente tolerável é o álcool, que assim como o cigarro, também possui grande parcela de culpa quando se trata de câncer. Consumir bebidas alcoólicas pode aumentar o risco de tumores malignos na boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama. E não há níveis seguros de consumo para prevenir a doença, afirma categoricamente o Inca. Assim, convém restringir ao máximo sua ingestão e mesmo assim, em doses pequenas. A combinação de bebidas alcoólicas e tabaco, em particular, aumenta o risco de desenvolver câncer em 150 vezes, segundo o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Isso porque o álcool funciona como uma espécie de solvente nas mucosas, facilitando a entrada dos agentes tóxicos, a exemplo dos contidos no cigarro. 2. Controle o peso e mantenha uma alimentação saudável Com o excesso de gordura o organismo sofre um processo inflamatório que eleva a produção de hormônios capazes de danificar as células e levar ao surgimento de diferentes cânceres. De acordo com o Inca os de esôfago,  estômago, pâncreas, vesícula biliar,  fígado, intestino, rim, mama – inclusive em homens –, ovário, endométrio, próstata e tireoide, além de mieloma múltiplo e linfoma difuso de grandes células B, duas doenças hematológicas malignas. A prática regular de exercícios e a manutenção de uma alimentação adequada, que isoladamente também ajudam a prevenir o câncer, são dois grandes aliados no combate ao sobrepeso e a obesidade. Preferencialmente, impedir a instalação de células de gordura desde cedo é a melhor maneira de chegar a idade adulta com peso normal e portanto, menos sujeito a transformação de células saudáveis em células malignas. Dá para começar desde o nascimento, não abrindo mão da amamentação exclusiva nos seis primeiros meses de vida, o que, comprovadamente, evita o sobrepeso anos mais tarde – para a mulher, vale lembrar, amamentar também configura uma proteção contra o câncer de mama.  Conforme a criança começar a comer, acostume-a com pelo menos, cinco vegetais por dia, sempre variando cores, sabores e texturas, bem como com cereais integrais, frutas, feijões e outras leguminosas como a lentilha, pois esses alimentos contém um sem-número de nutrientes que atuam como agentes anticâncer, além das fibras, que previnem o câncer de intestino. Também convém limitar a ingestão de carne vermelha, gorduras e alimentos industrializados, em especial os ultra processados, como embutidos, comida pronta para aquecer e sucos adoçados, entre muitos outros. Esses hábitos, se iniciados na infância, têm mais chances de perdurar ao longo da vida. Só não se esqueça de dar o exemplo. 3. Pratique sexo seguro e vacine-se O papilomavírus humano, ou HPV, agente sexualmente transmissível, geralmente costuma ser a causa do câncer de colo do útero, mas também está envolvido em casos de câncer de vulva, vagina, pênis, ânus, orofaringe e até de boca. Da mesma forma que o vírus da hepatite B, igualmente considerada uma infecção transmitida sexualmente, tem implicação em boa parte dos casos de câncer de fígado. Usar preservativo ajuda a prevenir essas doenças, porém somente essa medida não basta, principalmente quando se trata do HPV, já que a transmissão desse agente ocorre em qualquer etapa do contato sexual. A forma mais efetiva de se proteger contra esses vírus é a imunização. Quem não foi vacinado contra a hepatite B na primeira infância – em geral, pessoas que nasceram antes da década de 1990, quando a vacina foi incluída no Calendário Infantil de Vacinação do Ministério da Saúde –, pode encontrar essa proteção na rede pública, em qualquer idade. Já a vacina recombinante contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV, que causam câncer e verrugas genitais, é aplicada dos 9 aos 14 anos em meninos e meninas.  Para adultos, por sua vez, o produto está disponível até os 26 anos nas Unidades Básicas de Saúde e, após essa idade, apenas na rede privada, sendo indicado para quem não teve contato com nenhum desses vírus – há exames que fornecem tal informação. De qualquer forma, se a pessoa já foi contaminada apenas pelo HPV 11, por exemplo, a vacina continuará oferecendo cobertura para os outros três tipos. Por isso, do ponto de vista individual, sempre vale a pena se imunizar, garantem os especialistas. 4. Proteja-se do sol Em nosso país tropical, o maior número de casos de câncer é o de pele não melanoma, que apesar de ser menos letal que os demais, pode deixar sequelas importantes em áreas expostas. Portanto, não dá para negligenciar esse risco. O uso do protetor solar deve ser cotidiano e não apenas na praia ou na piscina, mas em qualquer exposição, incluindo a saída do escritório durante o dia para almoçar.  Para peles claras, os produtos devem ter FPS no mínimo 30, com cobertura para raios ultravioleta A e B. Para peles negras, o FPS pode variar de 15 a 20, dependendo da tonalidade da cútis. Não se esqueça de proteger os lábios. Quem trabalha ou faz atividades físicas sob o sol rotineiramente também precisa se valer de outros acessórios de proteção, tais como roupas, óculos de sol e boné/chapéu.  Em passeios ou atividades de lazer ao ar livre, convém ainda evitar o sol entre 10h e 16h, período da maior incidência dos raios ultravioleta, responsáveis diretos pelas alterações nas células da pele que causam envelhecimento precoce e câncer de pele. 5. Ponha o corpo em movimento Sim, a atividade física tem papel fundamental na prevenção do câncer porque reduz reações inflamatórias no organismo, as quais favorecem o surgimento de mutações em células, que por sua vez, dão origem à doença. Como ajudam a manter o peso ideal, os exercícios contribuem indiretamente para prevenir todos os tumores associados à obesidade e ao sobrepeso. Além disso, diminuem pela metade o risco de câncer de intestino. A explicação, segundo os especialistas, é que a prática cotidiana de atividade física regula o funcionamento intestinal e assim, evita que as substâncias tóxicas – e potencialmente cancerígenas – fiquem muito tempo em contato com a mucosa da região. Pela mesma razão, a ingestão de fibras possui ação anticâncer. Ademais, exercitar-se com frequência colabora para prevenir o câncer de mama, que tem, entre suas diversas causas, a exposição prolongada ao estrógeno, um hormônio feminino. A movimentação do corpo regulariza a produção dessa substância, assim como elimina o excesso de gordura que igualmente se associa ao desenvolvimento de tumores mamários. E basta?Não. Como o câncer é uma doença causada muitas vezes pela combinação dos vários fatores de risco aqui abordados, não dá para abrir mão de consultar, pelo menos anualmente, um médico que conheça bem seu histórico de saúde, como um médico de família. Esse profissional pode avaliar seu estado geral, prestar orientações sobre os exames de rastreamento recomendados em cada etapa da vida – como o papanicolau, preventivo de câncer de colo do útero – e encaminhar você para especialistas diante de queixas diferentes ou de alterações em testes de rotina.  Com essas estratégias, o risco do câncer aparecer pode ser reduzido ou, ainda que ele surja, será possível aumentar a probabilidade de fazer rapidamente o diagnóstico e o tratamento no estágio inicial da doença, quando, em geral, as chances de cura são elevadas. Vamos começar?

23/09/2019
Atividade Física

Coração bem cuidado

Apesar dos avanços da ciência na hora de prevenir e identificar problemas de saúde, as doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral,  ainda apresentam as maiores taxas de mortalidade do planeta, especialmente nos países desenvolvidos e nas nações emergentes. No Brasil, causam 300 mil mortes por ano, segundo o Ministério da Saúde. Ocorre que, além dos riscos que já conhecemos – como o tabagismo –, o atual modo de vida, especialmente nas grandes cidades, está ajudando a deixar o coração mais vulnerável. As pessoas são mais sedentárias porque trabalham muito tempo sentadas e se deslocam em veículos automotivos; as crianças dificilmente vão e voltam da escola a pé e trocaram a brincadeira de rua pelos comandos do videogame; a comida caseira, não raro, é trocada por alimentos industrializados e por lanches de arrepiar as artérias. Mas com um pouco de vontade, todos esses hábitos podem ser mudados. Basicamente é preciso se exercitar com regularidade e comer direito, além de se manter longe do tabaco e do excesso de álcool e equilibrar as horas de trabalho ou de estudo com momentos de lazer, reduzindo o estresse.   O impacto do exercício A atividade física regular, quando feita cinco vezes na semana e pelo menos meia hora por dia, não apenas permite um melhor funcionamento do sistema circulatório, como também melhora o metabolismo, contribuindo para reduzir os níveis de colesterol e de glicose no sangue. Além disso, os exercícios ajudam a relaxar corpo e mente, diminuindo o estresse, e evitam o sobrepeso e a obesidade, também considerados fatores de risco cardiovascular por favorecerem o diabetes e a hipertensão arterial.    Prato do bem Já a alimentação deve ser rica em grãos integrais, frutas, vegetais, carnes magras e gorduras boas e, ao mesmo tempo, ter a redução de alimentos processados, gorduras saturadas, açúcar e sódio, inimigos declarados do peito. A grande quantidade de fibras presentes nessa opção confere saciedade por mais tempo, ajudando a manter o peso ideal, atrasa a entrada de glicose nas células e ainda reduz a absorção de gorduras e de colesterol pela corrente sanguínea.   Rotina organizada O controle do estresse é essencial porque esse estado, quando crônico, também agrava fatores de risco para doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, e exerce influência negativa nas demais escolhas que ajudam a blindar o coração. Uma pessoa estressada nem sempre interrompe o trabalho para almoçar e nem acha tempo para se exercitar, por exemplo. Por isso é importante escolher atividades para desestressar – além dos exercícios – e organizar a rotina. Muitas vezes, acordar 15 minutos mais cedo pode ser a diferença entre um dia caótico e um dia tranquilo.   O papel do médico Essas mudanças estão ao alcance de qualquer pessoa, mas não custa lembrar que algumas condições que afetam o coração são silenciosas e requerem uma avaliação clínica para que sejam descobertas e tratadas. É o caso da hipertensão arterial, do colesterol elevado e do próprio diabetes. Pelo menos uma vez por ano, portanto, ainda que você não esteja sentindo nada, marque uma consulta para uma avaliação clínica geral e faça os exames laboratoriais solicitados na oportunidade. Com isso, o cerco às doenças cardiovasculares fica completo.

08/04/2019
Atividade Física

Anabolizantes: consequências e riscos à saúde

A musculação é hoje a segunda atividade física mais praticada no Brasil, segundo pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde. De fato, essa modalidade tem indicação para jovens, adultos e idosos, uma vez que promove uma melhora da força, da circulação e do equilíbrio. Como os músculos consomem muita energia, a prática de exercícios resistidos ainda leva a um gasto calórico e, para completar, resulta num aumento da massa muscular, também chamada de massa magra. De olho nesse último benefício, muitos homens não se contentam com os resultados obtidos com o treinamento e recorrem a esteroides anabolizantes, que são os mais comuns, assim como ao hormônio do crescimento. Para ter uma ideia da frequência desse uso, um em cada 16 estudantes já utilizou tais substâncias, de acordo com levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Feitos a partir do hormônio testosterona, os esteroides causam, sim, hipertrofia muscular, mas trazem uma série de efeitos paradoxais, ou seja, contrários ao que se esperaria de um hormônio masculino, como crescimento das mamas, redução dos testículos, disfunção erétil e diminuição dos espermatozoides. Isso ocorre porque, quando recebe muita testosterona artificial, o organismo a transforma em estrogênio, um hormônio feminino, por meio de um processo denominado aromatização, capitaneado por uma enzima. O excesso desse tipo anabolizante também bloqueia a secreção de dois hormônios que estimulam os testículos a produzirem espermatozoides e testosterona natural. Os efeitos, porém, não se restringem aos sistemas reprodutivo e endócrino, mas se espalham pelo organismo. Os esteroides ainda provocam acne importante, calvície e problemas no fígado, inclusive tumores, assim como efeitos que favorecem doenças cardiovasculares, como aumento da pressão arterial, elevação do colesterol, retenção de líquido no organismo e formação de coágulos, sem contar ainda as alterações de comportamento, a exemplo de agressividade e alucinações. Já os anabolizantes à base de hormônio do crescimento (GH) sintético, também conhecidos como somatropina, produzem aumento da massa magra e queima de gordura, mas igualmente à custa de riscos relevantes. Na prática, seus efeitos vão desde o surgimento do diabetes do tipo 2 e de reações alérgicas graves até o desenvolvimento de tumores malignos, alertam os especialistas. Uso clínico dos anabolizantes É importante salientar que a testosterona sintética tem uso clínico, mas em condições muito particulares. Entre elas, destacam-se os casos de deficiência do hormônio masculino, de desnutrição grave que causa emagrecimento muito rápido e no pós-operatório de grandes cirurgias que provocam desgaste físico, entre outras (poucas) situações. O GH, por sua vez, só é empregado em pacientes com deficiência na produção desse hormônio na infância e em determinadas síndromes genéticas em que podem promover um melhor crescimento para as crianças. Para a finalidade de hipertrofia muscular, vale o grifo, os médicos não prescrevem esteroides nem GH. É possível, no entanto, associar ao treinamento a ingestão de suplementos alimentares, que estimulam os músculos sem acarretar prejuízos ao organismo, desde que usados corretamente, ou mesmo seguir uma dieta com alimentos que comprovadamente ajudam a formar massa magra. Converse com um médico ou com um nutricionista e descubra o que fazer para atingir seus objetivos nos treinos de musculação.   Fontes:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e MetabologiaMinistério da SaúdeEndocrinologistasMédicos do esporte

01/04/2019
Atividade Física

Exercícios físicos geram benefícios à saúde mental

Não é segredo que a atividade física tem mil e uma utilidades no que diz respeito à saúde. A prática regular de exercícios participa de forma bastante relevante na prevenção de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte no mundo todo, promove um funcionamento mais harmônico de todos os órgãos e, claro, melhora a forma e a disposição, entre muitos outros benefícios ao corpo. Não é à toa que boa parte das pessoas, quando começa algum programa de treinamento tem, como propósito, emagrecer ou tratar – isso mesmo – outras enfermidades. Por exemplo, em associação a uma dieta equilibrada, os exercícios regulares podem manter os índices de glicemia controlados em pacientes com diabetes tipo 2, diminuindo ou reduzindo a necessidade de medicamentos. Se esses efeitos são incontestáveis, cada vez mais se associa o trabalho corporal à manutenção da boa saúde mental. Além de a atividade física fazer o cérebro liberar endorfina, o “hormônio da felicidade”, e outros neurotransmissores associados ao bem-estar, os exercícios, segundo os especialistas, parecem estimular o crescimento de células nervosas no hipocampo, área que regular o humor e que, em pacientes com depressão, é menor, quando vista em exames de imagem. Contudo, se a liberação de substâncias que conferem satisfação ocorre logo após o treino, o impacto da malhação na regeneração neuronal de um cérebro deprimido depende da regularidade da prática. Exercícios como antídoto contra a depressão As linhas de pesquisa demonstram ainda que os exercícios não apenas contribuem para tratar, como também para prevenir transtornos de humor. Um estudo publicado pelo The American Journal of Psichiatry no ano passado mostrou que movimentar o corpo exerce um efeito protetor contra a depressão em indivíduos saudáveis, independentemente da idade da pessoa e da região geográfica em que vive. Feito por pesquisadores de quatro universidades brasileiras e sete estrangeiras, esse estudo reuniu informações de 49 trabalhos e analisou dados de 265 mil pessoas, de 20 países. Outros benefícios dos exercícios físicos Além dos mecanismos neuronais e bioquímicos, os exercícios interferem em outros fatores que impactam a saúde mental. Reduzem os efeitos do estresse do dia a dia, o que dispensa explicações, e elevam a qualidade do sono, permitindo que o indivíduo ingresse em suas fases mais profundas e possa acordar mais relaxado e disposto. Por último, mas não menos importante, a prática de atividades físicas favorece igualmente o ganho de autoestima, uma vez que modela o corpo, e, sobretudo quando feita em grupo, possibilita interações com outras pessoas, tirando o indivíduo do isolamento. Uma coleção de motivos para ficar de bem com a vida. Lembre-se sempre de procurar um médico antes de começar a se exercitar. O efeito da atividade física no corpo Contribui para o bom funcionamento dos órgãos, sobretudo do sistema cardiorrespiratório Ajuda o intestino a funcionar bem Previne doenças, tais como problemas cardiovasculares, diabetes, osteoporose e reumatismo, entre outras, além de ser adjuvante em seu tratamento Contribui para a perda de gordura e o ganho de músculos Ajuda a equilibrar a ingestão de calorias e o gasto de energia  

28/03/2019
Atividade Física

Epilepsia: dá para viver bem com a doença

O que o escritor brasileiro Machado de Assis, a heroína francesa Joana D’arc, o escritor russo Fiódor Dostoiévski, o pintor holandês Vincent van Gogh e o escritor francês Gustave Flaubert tinham em comum? Há relatos de que todos viviam com epilepsia, doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e em excesso no cérebro, que desencadeiam crises repentinas, com alterações ou perda da consciência, torpor, alucinações e convulsões – estas marcadas por contrações musculares e movimentos involuntários. Se estivessem entre nós, essas celebridades integrariam os 50 milhões de portadores da doença que existem no planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 3 milhões dos quais no Brasil. E que procuram tocar suas vidas normalmente, não obstante o estigma que a epilepsia continua carregando. Desde a Antiguidade, afinal, a condição já foi associada a forças sobrenaturais e à possessão espiritual, à loucura e até a moléstias contagiosas. Nos Estados Unidos, acredite, até os anos 70 o acesso a restaurantes, teatros, centros recreativos e outros locais públicos não era permitido a esse grupo. E, ainda hoje, alguns países refletem o desconhecimento em leis e costumes. Segundo a OMS, China e Índia, por exemplo, permitem a anulação do casamento se um cônjuge alegar a epilepsia do esposo/esposa como motivo. Mas por que tudo isso? Ocorre que a doença mina a sensação de controle que julgamos ter sobre nós mesmos. Embora possa ser precipitada por alguns fatores, a crise é capaz de chegar a qualquer momento e subjugar completamente o portador. As pessoas em volta não raro se assustam, alimentadas pela ignorância em relação ao assunto, e muitas vezes não sabem o que fazer.   Outros tempos para o tratamento da epilepsia Hoje se sabe que a epilepsia é uma doença complexa, na verdade uma disfunção na comunicação entre as células nervosas, que ocorre devido a fatores como predisposição genética, traumas durante ou após o parto, malformações e até sequelas de acidente vascular cerebral e de infecções, como a meningite. Numa situação de normalidade, os neurônios se comunicam e se organizam usando suas propriedades excitantes e inibidoras. No momento da crise, porém, há um processo acelerado de excitação que se propaga de um neurônio para outro, sem interrupção, como se eles estivessem em rebelião. Se, no passado, havia escassas tentativas terapêuticas, as coisas melhoraram muito atualmente. Segundo a Liga Brasileira de Epilepsia, 70% dos casos podem ser tratados de forma bem-sucedida com medicamentos. A ponto de, depois de um tempo variável de tratamento, a medicação poder até ser suspensa em alguns casos, dependendo do tipo de epilepsia. O diagnóstico também evoluiu, muito embora o clássico eletroencefalograma – exame que capta o ritmo das ondas cerebrais – continue sendo o método de escolha para avaliar esses pacientes. A questão é que, graças às descobertas da ciência, os neurologistas já sabem que cada tipo de epilepsia responde melhor a determinado fármaco, o que permite individualizar a prescrição, que pode ser selecionada dentre mais de duas dezenas de anticonvulsivantes existentes. De qualquer forma, ainda persistem os casos resistentes aos medicamentos, nos quais a cirurgia costuma ser uma opção. O fato é que algum caminho sempre pode ser tentado quando se procura ajuda médica especializada. Inaceitável, nos dias atuais, é se isolar e deixar de aproveitar a vida por causa da condição.   Dá para fazer de tudo com epilepsia? O portador de epilepsia bem controlada pode fazer tudo que qualquer um faz: estudar, trabalhar, praticar esportes, namorar, constituir família... Apenas deve evitar o que favorece crises, como privação de sono, luzes estroboscópicas – utilizadas em danceterias – e uso de álcool, mesmo durante o tratamento. A condução de veículos de passeio é permitida pelo Detran, desde que se corrobore, com laudo médico, que a pessoa está há 12 meses sem crises na vigência de anticonvulsivante ou, quando já não toma mais remédio, que se encontra há dois anos sem crises após a suspensão da medicação. Nesse último caso, a retirada do medicamento deve contar com, no mínimo, seis meses – e, claro, não pode ter havido nenhuma crise nesse período. A gravidez também está liberada, mas deve ser planejada, segundo os especialistas, com antecedência de um ano e contar com uma ampla interação entre obstetra e neurologista. Ocorre que alguns anticonvulsivantes têm potencial de causar malformações fetais e, para reduzi-lo, pode haver necessidade de troca da medicação ou redução de sua dose, o que precisa ser feito sempre antes da concepção. Da mesma forma, o uso do ácido fólico, que previne defeitos do tubo neural no bebê, costuma ser implementado nessa fase prévia à gestação. Praticar atividade física é mais do que recomendado para portadores da doença. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas concluiu que os exercícios aumentam a autoestima, a resiliência e a qualidade de vida desses indivíduos, além de reduzirem sintomas depressivos, comuns em pessoas com epilepsia (link para matéria de Atividade física e humor). Apenas as modalidades aquáticas devem ser praticadas ao lado de um instrutor. Já os esportes radicais são pouco incentivados porque, mesmo em dupla, há risco de acidentes em caso de crise. Para outros esclarecimentos, procure um neurologista. Epilepsia: o que fazer ao presenciar uma crise - Mantenha a calma e procure tranquilizar quem estiver por perto.- Se possível, evite que a pessoa caia bruscamente no chão e a coloque num local onde ela não possa se machucar, mas não tente impedir os movimentos involuntários.- Coloque alguma peça macia sob a cabeça do indivíduo.- Procure acomodar o paciente de lado, de forma que não haja risco de aspiração de excesso de saliva ou vômito.- Não coloque a mão na boca da pessoa para desenrolar a língua. Isso é mito e pode acabar em mordida.- Quando o episódio cessar, conte o que ocorreu e se ofereça para chamar um familiar.

14/03/2019
Atividade Física

Atividade Física Para Crianças: Importância E Benefícios

Em qualquer nível social, as telas vêm dominando a preferência da garotada. No pátio da escola, dentro de casa, na rua, no parque, no transporte coletivo ou no carro, crianças e adolescentes estão permanentemente com os olhos abaixados e os dedos ocupados em celulares, tablets e joguinhos de toda sorte. Os especialistas alertam que, além de favorecer o sedentarismo, um fator de risco para diversas doenças na vida adulta, esse comportamento compromete o convívio social, levando ao isolamento. Preocupada com esse cenário, já que 7,3% das crianças brasileiras com menos de 5 anos estão acima do peso, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou, em 2017, um manual de orientação para promover a atividade física na infância e na adolescência e para ajudar médicos e educadores, incluindo pais, a encaminhar os pequeninos e jovens para a prática diária de exercícios físicos. Atividades físicas de acordo com a idade da criança Segundo o documento, até os 2 anos de idade, as crianças precisam ser estimuladas a se movimentar diversas vezes ao dia, engatinhando, buscando objetos e movendo membros do corpo. Eletrônicos – incluindo TV – são contraindicados para essa faixa etária. De 3 a 5 anos, as brincadeiras e atividades de qualquer intensidade devem ocupar pelo menos 180 minutos diários, incluindo bicicleta, esconde-esconde, pega-pega, bola, etc. Nessa fase, opções como lutas, danças e natação já podem começar a ser introduzidas. Dos 6 aos 19 anos, por fim, a recomendação é de uma hora por dia de prática de esportes e exercícios mais intensos, que demandem um pouco mais da capacidade cardiorrespiratória – dependendo da modalidade, vale questionar o pediatra sobre a necessidade de avaliação médica prévia. Adolescentes têm sinal verde para fazer musculação até três vezes por semana, desde que com o acompanhamento de um educador físico. Claro que nem sempre os pais têm tempo e mesmo recursos financeiros para ajudar os filhos a cumprir essas metas. Muitas vezes, as próprias demandas escolares lotam a agenda dos pequenos e dos adolescentes. Contudo, diante do fácil acesso aos eletrônicos, geralmente o grande empecilho é mesmo conseguir a adesão da criança ou do jovem quando eles finalmente estão livres. Para mudar essa rotina, confira as dicas a seguir e aproveite a próxima consulta com o pediatra para conversar a respeito. Dicas para tirar a garotada do sofá - Estabeleça um limite máximo de duas horas por dia de exposição às telas, incluindo televisão, e mude a maneira como seus filhos as utilizam, substituindo uma pela outra. É nesse meio-tempo que devem entrar outras atividades. - Aproveite as vantagens dos eletrônicos. Use com as crianças aplicativos que incentivam o progresso em determinados exercícios – como o contador de passos do celular – e games baseados em movimentos, como os de esportes e dança. - Abra espaço para brincadeiras dentro de casa. Reserve alguns dias – especialmente os chuvosos – para transformar a sala num circuito, com túneis de caixas de papelão, pula-pula nas almofadas, colchões para cambalhotas e por aí afora. Tudo com supervisão, evidentemente. Se puder incluir os amiguinhos, fica melhor ainda. Depois, ponha todo mundo para organizar a bagunça que isso também consome energia. - A propósito, distribua tarefas domésticas em casa. Colaborar na rotina do lar é importante para desenvolver o senso de responsabilidade dos pequenos e ajudar na construção de sua autonomia. De quebra, ainda faz a criança se movimentar pela casa. - Exemplo funciona mais que mil palavras. Se você se exercita regularmente, mostre às crianças que não há tempo feio que iniba você de malhar. Dessa forma, desde cedo vão perceber que a atividade física ocupa um lugar prioritário na rotina da família e aderir naturalmente a uma vida ativa. - Sempre que possível, deixe o carro na garagem e faça os percursos a pé com as crianças e os jovens. Estudantes que vão e voltam da escola caminhando já cumprem boa parte da meta de atividade semanal preconizada pelos especialistas.